Este post foi criado para falar de um livro de Élisée Reclus (Anarquia pela educação), lido nesta última semana e cujas ideias gostaria de divulgar no meu blog. Portanto, não é meu objetivo aqui falar da obra de Reclus enquanto geógrafo e de sua importância para esta área do conhecimento humano. Quero apenas falar de alguns dos textos políticos que li deste autor, isto é, sobre seus textos anarquistas e desta ideologia política que ainda engatinhava na segunda metade do século XIX, quanto os textos foram publicados nos periódicos europeus (1879-1901).
BREVÍSSIMO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DO ANARQUISMO ANTES DE ÉLISÉE RECLUS
Me baseando em um texto (Anarquismo e sua polissemia) escrito pelo colega blogueiro Munhoz, dono do excelente Tempos Safados, vou traçar um breve histórico da evolução do anarquismo até os textos anarquistas escritos por Reclus agora em questão.
Começando pelos filósofos gregos pré-socráticos, Munhoz lembra que a palavra grega arkhé significa princípio, origem, relativa a uma determinada “entidade” sempre presente na existência de todos os seres. Contudo, arkhé não apresenta apenas este significado de princípio, como sinônimo de começo, mas também quer dizer comando, como aquilo que governa. Desta maneira, conclui Munhoz, podemos dizer então que a an-arkhé é a recusa do princípio natural presente em todos os seres (ou seja, a desigualdade entre todos os seres), correlativa por isso a impossibilidade de governo fundado sob a arkhé. Acontece que, como acontece com todos os conceitos com o passar do tempo, os anarquistas que apareceram no século 19 deram outros significados para o termo an-arkhé.
O próprio Reclus recorda que o termo anarquia já era empregado antes do século XIX e de Proudhon, considerado o precursor. Antes dele haviam os ácratas e, mais do que isso, lembra que em todos os tempos houve homens livres, contendores da lei, homens vivendo sem senhor em decorrência do direito primordial de sua existência e de seu pensamento. Nas palavras de Reclus, “homens gerindo a seu bel-prazer, sem lei imposta não tendo outra regra de conduta senão seu ‘querer e franco arbítrio'”.
Mas a partir do século XIX, Proudhon (1809-1865), o primeiro dos anarquistas, confessa em seu livro que existe um princípio natural de organização da sociedade, sem necessidade de haver autoridade sobre a sociedade. A anarquia apresentada por Proudhon é, portanto, a negação da an-arkhé. Antes deste filósofo, o significado de anarquia nos círculos políticos era relativo à desordem, ao caos, à falta de princípio e ao desgoverno. Com ele, a anarquia deixa de ter esse sentido pejorativo e passa a significar a ordem natural das coisas, o princípio que elas obedecem espontaneamente sem necessidade de autoridade (humana); a partir daí a “anarquia é a ordem”. Vejam a definição que Munhoz destacou do livro “O que é a propriedade?” de autoria do próprio Proudhon:
Anarquia, ausência de mestre, de soberano, tal é a forma de governo de que todos os dias nos aproximamos e que o hábito inveterado de tomar o homem por regra e a sua vontade por lei nos faz olhar com o cúmulo da desordem e a expressão do caos. […] como o homem procura a justiça na igualdade, a sociedade procura a ordem na anarquia (PROUDHON, 1975, p. 239).
Ainda segundo Munhoz, na cronologia tradicional, Bakunin (1814-1876) deu o segundo passo. Através da inspiração das ideias e dos seguidores de Proudhon e em contraposição às teses socialistas de Marx, Bakunin reuniu pela primeira vez um grupo que não tinha medo de se assumir anarquista. Contudo, algumas importantes ideias de Bakunin eram bem diferentes das defendidas por Proudhon. Se entendermos o anarquismo como sinônimo de tudo o que é revolucionário no sentido clássico, que prega a coletivização dos instrumentos de produção (as máquinas, as ferramentas, a terra, etc.), que defende a conspiração para abolir o Estado e a violência como prática política caso necessária, então esse anarquismo é o de Bakunin. Proudhon era contra todos estes postulados, ele acreditava na revolução como um progresso evolutivo sem necessidade de violência e do uso de força, pois era preciso que as pessoas quisessem abolir o Estado e transformar a sociedade. Antes de fazer era preciso querer. Pois, para ele, tomar tudo a força representava um autoritarismo contra-revolucionário, um contrassenso, um retrocesso.
Por fim, depois de Proudhon e Bakunin vieram outros pensadores que reformaram (ou modificaram) suas ideias. Como os anarquistas comunistas Kropotkin (1842-1921), Reclus (1830-1905) e Malatesta (1853-1932). Destes três anarquistas nascidos no século XIX, passaremos a falar um pouco mais detalhadamente de Élisée Reclus.
BREVE PERFIL BIOGRÁFICO DE ÉLISÉE RECLUS
Os breves traços do perfil biográfico abaixo foi baseado na resenha escrita por Beatriz Scigliano Carneiro ao livro de Jean Didier Vincent: Élisée Reclus, géographe, anarchiste, écologiste. Paris: Robert Laffont, 2010, 426 páginas.
Jean-Jacques Élisée Reclus foi um geógrafo e anarquista francês, nascido em Sainte-Foy la Grande, na região da Aquitânia, aos 15 de março de 1830. Foi o segundo filho de um pastor protestante que construiu uma família composta por doze filhos.
Sua educação se iniciou na Prússia e continuou num colégio protestante da região francesa de Montauban, de onde foi afastado por motivos políticos. Completou seus estudos na Universidade de Berlin, onde foi aluno e discípulo do grande geógrafo alemão Carl Ritter.
Entre 1851 e 1857, vive exilado da França, fugindo de perseguições políticas em decorrência do golpe promovido por Luís Bonaparte em dezembro de 1851 para acabar com a República e se tornar o monarca. Foge inicialmente para a Londres e depois para Irlanda, onde permanece por pouco tempo. Dali viaja para os Estados Unidos, onde ficaria até 1857. Morou na Louisiana, visitou Chicago, Panamá, Cuba e tentou implantar sem sucesso uma colônia agrícola na Colômbia. Durante sua estadia no continente americano, empenhou-se em descrever paisagens e tipos humanos, posteriormente usados em suas obras. Observou com interesse a mestiçagem e a convivência em um mesmo espaço entre pessoas de procedências diversas: negros, índios, europeus. Entretanto, na Lousiana, encontrou os mercados de escravos, alimentando a prática que ele considerava um horror absoluto.
Retorna à França em 1857, onde permaneceria até ser novamente exilado, em 1872, por sua participação na Comuna de Paris, um ano antes de seu banimento. Foi morar na Suíça com a família, país que havia se transformado em refúgio de militantes de esquerda procedentes de várias nações, alguns muito conhecidos pela atuação anarquista, como Bakunin e Kropotkin.
Em 1894, mudou-se para a Bélgica, convidado a dar aulas na Universidade Livre que mantinha uma orientação liberal diversa da tendência católica predominante no país. No entanto, um atentado a bomba na França, feito pelo anarquista Vaillant, recolocou Reclus na lista dos suspeitos de cumplicidade com ações violentas. Seu curso foi então recusado. No entanto, outros intelectuais, de tendência socialista libertária, formaram uma Universidade Nova, em Bruxelas, e depois o Instituto de Altos Estudos, onde se tornou professor de Geografia. Os cursos não foram reconhecidos oficialmente pelo Estado belga, mas isso não impediu a afluência de estudantes, especialmente estrangeiros.
No período final de sua vida, foi professor de geografia comparativa na Universidade de Bruxelas (1895-1905) e morreu na cidade de Thourout, nas proximidades de Bruges, Bélgica.
Filho de pastor, Reclus fora educado para ser um pastor como o pai, mas tornou-se ateu convicto; enquanto militante libertário, foi preso, exilado e vigiado constantemente pelo Estado francês e sua geografia não pode ser dissociada das práticas anarquistas de liberdade.
Se a obra de Reclus ainda não é suficientemente conhecida em seu país natal, no Brasil, afora em circuitos anarquistas e em alguns nichos acadêmicos, ele hoje praticamente parece esquecido na poeira de seus volumes depositados nas seções de livros raros das bibliotecas. Entretanto, a Geografia Universal em francês fora item imprescindível de muitas bibliotecas da elite brasileira no século XIX. O próprio Reclus, esteve no Brasil em 1893, e foi homenageado na Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro.
SOBRE O LIVRO
Agora que já falamos, ainda que brevemente, sobre o anarquismo e sobre o autor do livro que queremos comentar, vamos partir para falar do livro em si: Anarquia pela educação.
Trata-se de uma coletânea de artigos políticos escritos por Élisée Reclus (1830-1905) e publicados em periódicos entre os anos de 1879 e 1901. Estes artigos foram compilados e traduzidos por Plínio Augusto Coêlho, que se dedicou a publicação de obras libertárias, e publicado em 2011 pela editora Hedra.
Como diz a resenha da primeira página do livro, todos os artigos tratam de suas concepções sobre o Anarquismo utilizado como base para suas posições nos mais diferentes assuntos, todos tendo a educação como pano de fundo.
São sete artigos que foram compilados nesta edição. São eles:
- A anarquia (1894)
- Por que somos anarquistas? (1886)
- A revolução (1893)
- A anarquia e a igreja (1901)
- Algumas palavras de história (1894)
- A meu irmão camponês (1899)
- A pena de morte (1879)
Em A anarquia (1894), Reclus define em linhas gerais o que é, quais os objetivos e o que defendem os anarquistas. Lembra que embora tenha algumas semelhanças com os socialistas, o que difere ambos é que os anarquistas lutam contra todo o poder oficial, cada individualidade parece aos anarquistas o centro do universo, e cada uma tem os mesmos direitos ao desenvolvimento integral, sem a intervenção de um poder que a dirige, repreende ou castiga.
Neste artigo, Reclus lembra que, até mesmo nos dias em que escrevia seu texto [e ouso a dizer que até hoje], o princípio que rege o Estado é a hierarquia, cujo significado do termo a “autoridade sagrada” e que a supressão deste Estado está naturalmente implicada na extinção do respeito, tema que vai tratar mas detalhadamente em outro artigo.
Já em Por que somos anarquistas (1886), como o próprio título do artigo deixa claro, Reclus expõe as razões pelas quais os anarquistas escolheram este caminho de luta e a justificativa principal está no fato de eles desejarem a justiça social em um mundo onde reina a injustiça por todos os lados. É o fato de terem se dado conta de que os frutos do trabalho serem distribuídos no sentido inverso do trabalho e de que, nesta sociedade, o senhor é aquele que possui a “carteira abarrotada” e, neste caso, acaba tendo em seu poder o destino de outros homens. Explica que ao anarquista tudo isso parece infame e que estes desejam mudar este estado de coisas através da revolução.
“Das duas coisas, uma: ou a justiça é o ideal humano, e neste caso, nós a reivindicamos para todos; ou só a força governa a sociedade e, neste caso, usaremos a força contra nossos inimigos. Ou a liberdade dos iguais, ou a lei do Talião”. (p. 44).
Explica que o anarquista quer se livrar da opressão do Estado, não ter superiores que possa comandar-lhes, lembrando que ao suprimir o Estado, junto com ele suprime-se também a moral oficial, recordando que para o anarquista só há moral na liberdade. É neste momento que explica que o anarquista, por compreender que a vida é impossível sem um agrupamento social, é também um comunista-internacional. Que eles associam-se, uns com os outros, como homens livres e iguais, trabalhando numa obra comum e regulando as relações mútuas pela justiça e pela benevolência recíproca.
Por fim, explica que no anarquismo é impossível a existência de ódios religiosos ou nacionais, pois não possuem religião e o mundo é a pátria do anarquista. A terra será expropriada de seus proprietários e se tornará coletiva, sem cercas e ordenada para a satisfação de todos. E conclui dizendo-se consciente de que toda a injustiça e todo ciúme de lesa-majestade humana, se levantarão para combater o anarquista-comunista-internacional e é justamente por isso que, enquanto durar a iniquidade, que os anarquistas devem estar em estado de revolução permanente.
Em A Revolução (1893), Reclus explica que a anarquia jamais poderá emanar da República e que, por este motivo, tal mudança so poderá se realizar através da revolução: “Nada de bom para nós pode advir da República e dos republicanos”. E o responsável por realizar a revolução é o povo, isto é, o trabalhador, como fica bem claro neste trecho:
“O veículo do pensamento moderno da evolução intelectual e moral é a parte da sociedade que sofre, que trabalha e é oprimida. É ela que elabora a ideia, que a realiza, que de tremor em tremor, recoloca constantemente em marcha este carro social que os conservadores tentam incessantemente imobilizar na estrada, entravar seu caminho ou afundá-lo nos pântanos de direita ou de esquerda”.
Em A Anarquia e a Igreja (1901), Reclus expõe o posicionamento dos anarquistas perante esta instituição: “Enquanto os padres, monges e todos os detentores de um poder pseudodivino estiverem constituídos como liga de dominação, é preciso combatê-los sem trégua, com toda a energia de sua vontade e com todos os recursos de sua inteligência e sua força”. Explica como os anarquistas rejeitam absolutamente a doutrina católica e todas as religiões conexas, amigas ou inimigas; e de como devem combater suas instituições e obras, além de trabalharem para destruírem os efeitos de todos seus atos. Apesar disso, explica que os anarquistas não pretendem entrar nas consciências dos fiéis para delas expulsar suas perturbações e devaneios, mas que devem trabalhar com todas as energias para afastar do funcionamento social tudo o que não se coaduna com as verdades científicas estabelecidas:
“podemos combater incessantemente o erro de todos aqueles que sustentam ter encontrado fora da humanidade e do mundo um ponto de apoio divino, permitindo que castas parasitas se disfarcem de intermediários fervorosos entre o criador fictício e suas criaturas (…) E não esqueçamos de bloquear o vil pagamento dos impostos direto que o clero nos extorque (…) Sequemos a fonte desses milhões que, de todas as partes, afluem para o grande mendigo de Roma e para os submendigos inumeráveis de suas congregações (…) Descristianizemos o povo!”. (p. 55-56).
No artigo Algumas palavras de História (1894), Reclus fala sobre como os anarquistas, através da revolução, pretendem atingir o seu triplo ideal de garantir a conquista do pão, da instrução e da moralidade (entendida como liberdade e fraternidade).
Em primeiro lugar, os anarquistas devem garantir a conquista do pão, isto é, que cada homem tenha o que comer, não o mínimo para sobreviver, mas a possibilidade de viver em condições perfeitas de bem-estar material. O segundo ponto do ideal anarquista é, uma vez suprida as necessidades de alimento e bem-estar, a falta de necessidade de empregar crianças nas fábricas e utilizar todo o período de preparação ao estudo da vida pela educação completa, integral do indivíduo. Por fim, o terceiro ideal anarquista, que também está ligado aos outros dois. Segundo Reclus, “o homem que sacia sua fome e que se instrui a seu bel-prazer é um homem livre e para todos um igual, mas faltaria outro ideal a satisfazer: a fraternidade”.
“Tendo em vista uma humanidade composta de seres livres, iguais, instruídos, é impossível imaginá-la com milhões de soldados sem vontade pessoal, aguardando o gesto ou o grito que lhes dirá para matarem-se mutuamente, com outros milhões de escravos obedientes, passando sua vida a escrevinhar, com a turba daqueles: sacerdotes, magistrados, policiais, denunciadores e carrascos, que tem a atribuição de ensinar pelo terror e assegurar pelo gládio a moral das nações”.
Em A Meu Irmão Camponês (1899), Reclus alerta os trabalhadores, em especial aos agricultores, da necessidade de se unirem para combater aqueles que os exploram. É através da união dos trabalhadores que se conseguirá a revolução e a reversão do atual estado de miséria dos trabalhadores. Aqui destaco um trecho desta carta aberta aos trabalhadores onde Reclus chega a ser profético ao prever, em 1899, o que ocorreria aos trabalhadores se estes não se unissem para combater seus opressores, os donos do Capital:
“Se não sabei unir-vos, não apenas de indivíduo a indivíduo e de comuna a comuna, mas também de país a país em uma grande internacional de trabalhadores, logo partilhareis o destino de milhões e milhões de homens que já estão despojados de todos os direitos à semeadura e à colheita e que vivem na escravidão do salariato, encontrando trabalho quando patrões tem interesse em dar-lhes. (…) Uni-vos todos em vossa desgraça ou vosso perigo. Defendei o que vos resta e reconquistai o que perdeste. Caso contrário, vosso destino futuro será horrível, pois estamos em uma época de ciência e método e nossos governantes, servidos pelo exército dos químicos e dos professores, preparam-vos uma ordenação social na qual tudo será regulado como numa fábrica, onde a máquina dirigirá tudo, inclusive os homens, onde estes serão simples engrenagens que serão substituídos como ferro-velho quando se puserem a raciocinar e querer”. (pp. 86-87).
Por fim, em A Pena de Morte (1879), Reclus tece suas considerações à respeito das razões pelas quais os anarquistas devem ser contrários à pena de morte. Para ele, a pena capital sempre esteve à serviço da tirania, ao lado dos reis e das classes dominantes e contra os homens que reivindicavam a liberdade de pensar e de agir.
“Nossos tribunais são escolas de crime. Quais seres são mais vis do que todos aqueles dos quais a vindita pública se serve para a repressão: alcaguetes e carcereiros, carrascos e policiais?”
Em seguida, passa a argumentar como, além de tudo, a pena de morte é injusta, uma vez que a sociedade, tomada em seu conjunto, deve compreender o laço de solidariedade que a une com todos os seus membros, virtuosos e criminosos, e reconhecer que em cada crime ela também tem sua parte. Para reforçar sua argumentação, passa a fazer uso de perguntas retóricas que explicitam sua tese, tais como:
“a sociedade tomou conta da infância do criminoso? Deu-lhe uma educação completa? Facilitou-lhe os caminhos da vida? Deu-lhe sempre bons exemplos? Zelou para que ele tivesse todas as oportunidades de permanecer honesto ou de fazer com que torna-se a sê-lo após um primeiro escorregão? E se ela não o fez, o criminoso não pode taxá-la de injusta?”
Enfim, este é um breve resumo dos artigos de Élisée Reclus que foram compilados e publicados no livro Anarquia Pela Educação. Reler suas ideias e discuti-la, em um momento de intensa transformação cultural e social, é mais do que recomendado, é necessário. Philippe Pelletier, responsável pela introdução do livro, recorda que há aproximadamente dez anos está ocorrendo em todo o mundo uma retomada dos textos libertários, dentre eles, os de Elisée Reclus e seu companheiro de anarquismo e geografia, Kropotkin, que traziam proposições profundas em relação a questões fundamentais como as relações do homem com seu meio ambiente e a sociedade dos homens, sempre em uma perspectiva radical: anarquista. Só por essa razão, entendo estar plenamente justificada essa breve e singela resenha que publico agora no meu blog.